Ao longo da história consciencial, o conhecimento é de longe o principal agente motivador do processo evolutivo. Buscar entender o mecanismo dos eventos cósmicos sempre foi o grande desafio das civilizações que habitaram e habitam o Planeta Terra há milhões de anos.
Desde o início a pelo menos 5 milhões de anos, quando descemos das árvores e ganhamos a savana africana, em busca de melhores condições de subsistência, o Homo sapiens preferiu conhecer o novo e deixar o velho para trás. Nessa época, pinturas rupestres reportavam o nível de entendimento, dos habitantes locais, que demonstravam a preocupação natural com a história pessoal e grupal.
O tempo passou e o cérebro se desenvolveu, com a assistência de consciências despertas e serenas, capazes de demonstrar o melhor caminho. Nessa época os alimentos aquecidos fornecia os nutrientes necessários para o cérebro acomodar a cognição em desenvolvimento.
A atividade cognitiva permitiu o desenvolvimento da inteligência em prol da convivialidade, fazendo surgir a escrita e a linguagem falada, por exemplo. O trigo estimula a formação de pequenas comunidades no Oriente médio. Nesse instante evolutivo, a rotina é organizada em prol do bem comum e a agricultura floresce para alimentar a população em crescimento.
A rotina estabelecida pela civilização organiza o tempo do Homo sapiens que se organiza para desenvolver a inteligência. A capacidade de pensar estimulada pela atividade reflexiva, aprimora as ideias para criar opções, dando a seus habitantes o poder de escolher sobreviver ou evoluir. Nesse instante a população se diferencia e as etnias são naturalmente criadas para favorecer os interesses comuns a cada um de seus membros.
Os chineses cultivam o arroz para alimentar o cérebro e inventar a pólvora para abrir os caminhos, a bússola para orientar os navegantes, o papel para armazenar conhecimento e o dinheiro; bem como o sistema de comércio criado e mantido até hoje pela rota da seda. Os árabes aprimoram o conhecimento sobre economia e comércio, desenvolvem a alquimia e a astronomia; os gregos a filosofia, o direito e a mitologia.
A rota da seda alimenta o intercâmbio cultural entre o Oriente e o Ocidente; o conhecimento torna-se universal e os governantes percebem o valor da sabedoria, e por isso investem em intelectuais que pudesse despontar em áreas de conhecimento ainda imaturas ou inexistentes.
Os intelectuais da época assumiam um perfil distante da nobreza, a maioria deles eram pobres sustentados por amigos ou pela música; desde a China, antiga os produtores de conhecimento aprenderam a arte de ensinar cantando e isso manteve seus estômagos alimentados e a mente sempre motivada a mais uma empreitada num grande centro cultural formado em Bagdá, Constantinopla ou Xhian.
A seda, os temperos e a cultura oriental chegam a Europa para estimular o desenvolvimento de países como a Itália, França e Espanha principalmente. Nesse instante evolutivo muitos reinos podiam contar com uma equipe de eruditos (árabes, chineses e africanos) capazes de ensinar aos nobres europeus a arte da alquimia, matemática, ciências naturais, regras de etiqueta e senso de propriedade público-privado.
A necessidade de armazenar as informações estimulou o investimento em tecnologias que pudesse substituir os copistas por máquinas. Nesse instante a serigrafia aparece para dar forma aos livros em série; conhecimento se expande rapidamente juntamente com o latim.
A capacidade de ler, entender e praticar o conhecimento descrito nos livros recompensa a civilização, que muda novamente a maneira de enxergar o mundo. E as ideias religiosas, muitas vezes fechadas, são substituídas pelo abertismo de algumas famílias que conseguiam transitar entre os dois extremos através da admiração-discordância; fazendo renascer o conhecimento através da pintura, arquitetura e comércio.
A valorização da informação e do conhecimento deixa o saldo positivo visto até hoje (ano base: 2017) na arquitetura dos castelos, das praças e jardins capazes de desassediar seus habitantes e mesmo o turista mais “casca grossa”; o desenvolvimento da terra que qualifica as oliveiras, as uvas e as frutas reforçam a saúde energossomática consciencial; as práticas comercias mantidas permitem a distribuição da renda “menos desigual”.
O senso evolutivo distribui suas características ao mundo globalizado, que se encontra, para agora descobrir formas de encontrar a autossuficiência holossomática, a partir do autoconhecimento e da interassistência. A consciência capaz de despertar para esse neovalor é saudada com o serenismo consciencial.
A jornada consciencial abastecida de conhecimento e informação encontra-se num instante de fartura, capaz de aprimorar as ideias e construir neoverpons a partir de gestações conscienciais (gescons); podendo assim contribuir com a evolução, fazendo-se presente como minipeça do maximecanismo cósmico.
Fabricio Borges de Faria
Voluntário da AIEC